SERVIÇOS

Cirúrgicos

Procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos indicados para diversos tipos de necessidades dermatológicas.

Câncer de Pele

O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil e no mundo, e está diretamente relacionado à exposição solar sem proteção ao longo da vida, especialmente em pessoas de pele clara. Os dois principais tipos são o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC). O CBC é o mais frequente e menos agressivo, crescendo lentamente e raramente se espalhando, mas pode causar destruição local importante se não tratado. Já o CEC tem maior potencial de disseminação (metástase), especialmente quando localizado em áreas de risco, como mucosas, orelhas e lábios. Ambos podem surgir como lesões avermelhadas, nódulos com crostas, feridas que não cicatrizam ou manchas que crescem com o tempo.

As queratoses actínicas são lesões precursoras do câncer de pele, especialmente do carcinoma espinocelular. São causadas pela radiação ultravioleta e se manifestam como manchas ásperas, secas e descamativas, geralmente no rosto, couro cabeludo e antebraços. O tratamento mais indicado para carcinomas de pele é a cirurgia dermatológica, que permite a remoção completa da lesão com margem de segurança, oferecendo alta taxa de cura e baixo risco de recidiva. Dependendo do caso, pode ser complementada com, laser, terapia fotodinâmica, medicamentos tópicos ou sistêmicos. No caso das queratoses actínicas, o tratamento precoce evita a progressão para câncer. O acompanhamento com dermatologista é essencial, tanto para o diagnóstico quanto para o planejamento do tratamento mais eficaz e seguro.

Pintas e Melanoma

As pintas (ou nevos) são lesões pigmentadas comuns na pele, geralmente benignas, mas que devem ser monitoradas ao longo da vida. Em alguns casos, podem se transformar em melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele, com alto potencial de disseminação para outros órgãos. O melanoma pode surgir de uma pinta pré-existente ou como uma nova mancha, e seus sinais de alerta incluem assimetria, bordas irregulares, múltiplas cores, diâmetro aumentado e evolução rápida — o chamado “ABCDE” da avaliação dermatológica.

A prevenção é essencial e começa com o uso diário de protetor solar, evitando exposição ao sol nos horários de pico e adotando roupas e acessórios de proteção. Consultas regulares com o dermatologista permitem o acompanhamento por dermatoscopia, exame que amplia e detalha a estrutura das pintas, e o mapeamento corporal digital, que fotografa e monitora as lesões ao longo do tempo, facilitando a detecção precoce de alterações suspeitas. Quando há sinais de risco, o tratamento mais eficaz e seguro é a remoção cirúrgica da lesão, com análise laboratorial (exame histopatológico) para confirmar o diagnóstico. A detecção precoce aumenta significativamente as chances de cura do melanoma, reforçando a importância do acompanhamento dermatológico contínuo.

Unha Encravada

A unha encravada (onicocriptose) ocorre quando a borda da unha penetra na pele ao seu redor, causando dor, inflamação, inchaço e, em muitos casos, infecção local. É mais comum nos dedos dos pés, especialmente no hálux (dedão), e pode ser provocada por corte inadequado da unha, uso de calçados apertados, alterações anatômicas ou traumas repetitivos. Quando os tratamentos conservadores (como curativos, antibióticos tópicos ou remoção parcial da unha) não são suficientes, é necessário um tratamento definitivo.

A matricectomia é um procedimento eficaz e seguro que consiste na remoção parcial ou total da matriz ungueal, a estrutura que forma a unha, impedindo que o segmento encravado volte a crescer. Pode ser realizada cirurgicamente ou com o uso de agentes químicos (como o fenol), e é indicada em casos recorrentes ou graves. O procedimento é feito em consultório, com anestesia local e rápida recuperação. Após a cicatrização, o paciente costuma ter alívio duradouro da dor e prevenção de novos episódios, com melhora significativa na qualidade de vida e na estética do dedo tratado.

Quelóide ou Cicatriz Hipertrófica

Quelóides e cicatrizes hipertróficas são respostas anormais do organismo ao processo de cicatrização da pele, geralmente após traumas, cirurgias, piercings, queimaduras ou acne. Ambas resultam em elevações endurecidas na pele, mas os quelóides tendem a ultrapassar os limites da ferida original, enquanto as cicatrizes hipertróficas permanecem restritas à área da lesão. Além do desconforto estético, essas lesões podem causar coceira, dor ou sensação de tensão local.

O tratamento é individualizado e pode incluir injeções de corticoides intralesionais, que reduzem a inflamação e o volume da cicatriz, laser fracionado ablativo, que melhora a textura e suaviza a elevação, e laser vascular, eficaz na redução da vermelhidão e da vascularização do tecido cicatricial. Outros recursos como crioterapia, betaterapia, uso de silicone em gel ou placas e, em alguns casos, cirurgia combinada com terapia adjuvante também podem ser indicados. A associação de técnicas costuma proporcionar melhores resultados, sempre com acompanhamento dermatológico especializado para evitar recidivas e melhorar a qualidade da pele de forma segura e duradoura.

Molusco

O molusco contagioso é uma infecção viral da pele, causada por um poxvírus, que provoca o surgimento de pequenas lesões arredondadas, peroladas ou rosadas, com uma leve depressão central. É mais comum em crianças, mas também pode afetar adultos, especialmente em áreas de atrito ou durante contato íntimo. Apesar de benigno, o molusco é altamente contagioso, podendo se espalhar para outras regiões do corpo ou para outras pessoas.

O tratamento visa eliminar as lesões e interromper o contágio. Uma das opções mais eficazes é a remoção cirúrgica, feita em consultório por meio de curetagem, técnica que consiste em raspar cuidadosamente as lesões sob anestesia local. O procedimento é rápido, seguro e permite a eliminação imediata dos moluscos, com mínima chance de recidiva quando associado a cuidados pós-procedimento e higienização adequada da pele. Em alguns casos, podem ser a depender da quantidade e idade do paciente, pode ser necessario realizar este procedimento em ambiente hospitalar.

Cistos Sebáceos

Os cistos sebáceos (também chamados de cistos epidérmicos) são formações benignas que se desenvolvem sob a pele, geralmente causadas pela obstrução dos folículos pilosos ou das glândulas sebáceas. Eles contêm uma substância espessa, de coloração esbranquiçada ou amarelada, composta por queratina e sebo. Costumam aparecer em áreas como rosto, pescoço, costas e couro cabeludo, apresentando-se como nódulos móveis e indolores, mas podem inflamar, infeccionar e causar dor ou vermelhidão.

O tratamento definitivo dos cistos sebáceos é a remoção cirúrgica, que deve ser feita em consultório por dermatologista. O procedimento é realizado com anestesia local e consiste na extração completa do conteúdo e da cápsula do cisto, o que é essencial para evitar recidivas. Quando o cisto está inflamado, pode ser necessário tratar a infecção primeiro e agendar a remoção em um segundo momento. A cirurgia é simples, segura e geralmente com boa cicatrização, especialmente quando feita por um profissional experiente. Após a retirada, o material pode ser enviado para análise laboratorial, garantindo segurança diagnóstica.

Verrugas

As verrugas são lesões benignas da pele causadas pelo papilomavírus humano (HPV). Elas surgem quando o vírus infecta a camada superficial da pele, provocando crescimento celular anormal. Podem aparecer em qualquer parte do corpo, como mãos, pés, rosto, genitais e couro cabeludo, variando em formato, tamanho e textura. Embora sejam geralmente indolores, podem causar desconforto estético, coceira, dor ao caminhar (no caso das plantares) e se multiplicar pelo contato direto ou indireto.

A remoção de verrugas pode ser feita por diferentes métodos, escolhidos conforme o tipo, a localização e a quantidade de lesões. Entre os tratamentos disponíveis estão: Eletrocoagulação, Curetagem, Laser de CO₂ (preciso e eficaz para áreas delicadas ou múltiplas lesões),e uso de substâncias químicas tópicas.
Em alguns casos, pode ser necessário associar terapias imunomoduladoras para prevenir recidivas. A avaliação dermatológica é fundamental para definir a melhor abordagem e garantir um tratamento seguro e eficaz, com o mínimo de risco de cicatrizes ou recorrência.